domingo, 29 de agosto de 2010

A minha casa é a UTI


Estava navegando pelo site do IG, quando encontrei essa reportagem que mexeu muito comigo.

A reportagem fala sobre o Hospital Arnaldo Pezzuti, em Mogi das Cruzes, que resolveu criar uma UTI especializada para crianças-residentes. Essas são crianças que nasceram com algum tipo de deficiência física, motora, mental, doenças degenerativas, e que as impedem de deixar a UTI.
Ou seja, crianças de 6, 8, 10 anos que, desde que nasceram, MORAM NA UTI !! E possivelmente, essas crianças só sairão dali para a morte, pois muitas estão muito fragilizadas e seu corpinho não tem força para aguentar mais tempo.

Esse hospital criou essa UTI onde o atendimento é mais humanizado, com vários brinquedos espalhados, equipe técnica especializada, equipamentos de última geração, as visitas não tem hora para chegar ou ir embora.
Isso faz com que as crianças se sintam mais felizes, pois sabem que tem alguém cuidando delas o tempo todo.
Algumas histórias na reportagem me emocionaram muito, como de uma menina que aprendeu a sentar aos 6 anos de idade. Ou o outro menino de 6 anos que aprendeu a mandar beijos e pediu para ir visitar o centro de treinamento do Palmeiras. O sonho de uma menina de 8 anos era conhecer o Mc Donald´s.

Com a minha esposa grávida, não há como não pensar nessas hipóteses, pelo menos até o bebê nascer e imaginar uma vida, presa ao leito de uma UTI, enquanto o mundo gira, é uma coisa que não desejaria a ninguém.
Quando os médicos e os serviços de saúde dizem que não se deve beber ou usar drogas durante a gestação, as mulheres acham besteira, até que o seu filho nasça com problemas sérios decorrentes de seus abusos.
Ninguém está livre de um mal genético, mas um dia, num futuro não muito distante, a medicina conseguirá agir nos nossos DNAs ainda em formação e esse tipo de sofrimento será reduzido.

Felizmente, ainda nos resta a fé de que tudo seguirá normalmente e que o pequeno Lucas possa vir com saúde e alegria.

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